A democracia é um desafio a ser consolidado. Apesar de passados mais de 30 anos da redemocratização do país e da conquista da Constituição de 1988, as gerações mais jovens ainda convivem com outras que viveram sob a égide do totalitarismo e isto é um dos elementos que dificultam para que tenhamos uma democracia plena, o que esperamos acontecer com o decorrer do tempo.
Mesmo com o decurso do tempo, necessário se faz a ampliação da educação, que é a base mínima para se consolidar a democracia e que somente se dará com políticas públicas objetivas, voltadas a construir a verdadeira pátria educadora, que neste momento ainda está engatinhando em nosso país. A mudança dos costumes e a quebra de paradigmas retrógrados investirá o povo do conceito de que democracia se faz com convencimento e não com imposição.
No campo da democracia representativa, os desgastes e decepções tem colocado em xeque o modelo de representação, e o resultado é o que temos assistido neste curto período democrático, o desejo de deposição de Presidentes da República de formas reiteradas, ainda que não se tenha motivo justo e incontestável para tanto.
No campo da democracia direta, a participação em movimentos sociais organizados ainda é insipiente no Brasil. As manifestações de julho de 2013, apesar da magnitude, não chegaram a lugar algum, pois careciam de organização e de objetivos definidos. A sociedade organizada em associações e sindicatos tem a missão de ampliar a convivência coletiva e, com isso, aprimorar a democracia e promover a igualdade e o bem comum.
Paulo de Oliveira
Presidente do SEAAC de Presidente Prudente