Novo ministro de Lula, Guilherme Boulos promete priorizar fim da escala 6×1 e nova legislação para trabalhadores de aplicativo

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O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) foi oficialmente anunciado nesta segunda-feira (20) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, substituindo Márcio Macedo. Em entrevista ao Jornal da CBN, Boulos destacou que irá assumir o cargo com uma missão de diálogo com a sociedade e prioridade em pautas trabalhistas que considera urgentes.

Entre os principais projetos citados pelo novo ministro estão:

  • Fim da escala 6×1 de trabalho
  • Isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil
  • Nova legislação para trabalhadores de aplicativo (motoristas e entregadores)
  • Garantias previdenciárias e transparência de algoritmos utilizados pelas plataformas

Defesa dos trabalhadores de aplicativo

Boulos afirmou que pretende avançar rapidamente na proteção trabalhista para profissionais de aplicativos, que hoje atuam sem garantias legais mínimas.

“É preciso assegurar remuneração justa, previdência e transparência. Esses trabalhadores são comandados por algoritmos que eles desconhecem. É necessário que as plataformas revelem seus critérios”, afirmou o ministro.


Críticas ao regime 6×1

O ministro também reafirmou seu compromisso com o fim da escala 6×1, muito comum no comércio e no setor de serviços, onde o trabalhador labora seis dias consecutivos e descansa apenas um.

“Esse regime é indecente. Milhões de trabalhadores não têm tempo para ficar com seus filhos, estudar, descansar ou viver o básico da dignidade humana.”


Relação com Lula e eleições de 2026

Boulos também comentou sobre sua relação com o presidente Lula e afastou rumores de que teria desistido de uma possível candidatura em 2026.

Segundo ele, não houve pedido de Lula para que não concorresse novamente à Câmara dos Deputados:

“Se eu for candidato, precisarei me desincompatibilizar em abril do ano que vem. Acho difícil conciliar isso com um trabalho sério no ministério. Mas essa decisão será tomada em diálogo com o presidente Lula.”


A agenda do novo ministro inclui visitas a todos os estados brasileiros para ampliar o diálogo do governo com movimentos sociais, sindicatos e lideranças populares.

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