(Foto: Reprodução Internet)
Depois de sair correndo da quarta divisão, o fundo do poço do futebol paulista, o Noroeste segue sua luta na escada da bola, mas o degrau de 2016 (a Série A-3) será árduo. Afinal, cairão seis clubes e apenas dois subirão para a A-2 de 2017. Sendo assim, permanecer na terceirona já será motivo de comemoração. Camisa tradicional e torcida — que fez linda festa no último acesso, provando ser numerosa e apaixonada — o clube tem para o êxito, mas também finanças apertadas e muita conta pra pagar.
Será mais um ano de austeridade, contando com parcerias para receber jogadores por empréstimo a custo zero. Chegam como incógnitas, uns rendem, outros não. Pelo menos, a manutenção do técnico Vitor Hugo sinaliza uma clara filosofia de jogo e o “faro” do treinador na montagem do elenco pode diminuir essa margem de erro. Se for como em 2015, uma equipe muito raçuda, incansável na marcação, ganhará a admiração do torcedor.
Voltando às arquibancadas, o clube precisa capitalizar com o resíduo da emocionante partida contra o Fernandópolis (mais de oito mil pessoas no Alfredão). Não somente pelo apoio quando a bola rolar, mas com as receitas de bilheteria, estacionamento e compra de souvenirs do time, na loja oficial administrada pela Associação Avante, Rubro! — outra vitória do Norusca no ano passado, torcedores engajados que estão resgatando a identificação do clube com a cidade.
Portanto, paciência, apoio e trabalho (muito trabalho!) serão a tônica do ano noroestino. Se você gosta dessa agremiação centenária e não tem ido à Vila Pacífico, habitue-se a esse prazer que só o futebol do Interior tem: o jogo sofrido, o amendoim, a esperança. Que não morre e veste vermelho.
Texto: Fernando BH, jornalista, editor-chefe na Alto Astral e blogueiro esportivo do canhota10.com