Durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, realizada em Adis Abeba, na Etiópia, o Brasil foi oficialmente retirado do Mapa da Fome da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). A decisão foi anunciada após a redução consistente do índice de subnutrição no país, que caiu para menos de 2,5% da população entre 2022 e 2024 — limiar adotado pela FAO para classificar um país como fora do mapa.
A saída representa uma reversão histórica em relação ao período de 2019 a 2021, quando o país havia voltado a figurar entre as nações com altos níveis de fome. O avanço é creditado, em grande parte, à retomada de políticas públicas de combate à insegurança alimentar promovidas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre as ações de destaque está o programa Brasil Sem Fome, lançado em 2023, que articula 24 ministérios em torno de medidas como transferência de renda, fortalecimento da agricultura familiar, compra pública de alimentos e melhoria da oferta nutricional em escolas e comunidades. A estratégia resgata e amplia políticas bem-sucedidas de gestões anteriores de Lula, como o Fome Zero e o Bolsa Família.
O presidente Lula comemorou o anúncio em transmissão ao vivo, ao lado do diretor-geral da FAO, Qu Dongyu. Durante a conversa, Lula ressaltou que os indicadores devem melhorar ainda mais nos próximos levantamentos, que refletirão integralmente os impactos de sua atual gestão. “A fome não é uma fatalidade. É uma escolha política. E o Brasil está escolhendo alimentar seu povo”, afirmou o presidente.
Apesar da conquista, o desafio permanece: em 2023, cerca de 8,4 milhões de brasileiros ainda conviviam com a fome, enquanto milhões enfrentavam insegurança alimentar moderada. Especialistas ressaltam a importância de manter e ampliar os esforços, garantindo estabilidade nas políticas sociais para que o país não volte a retroceder.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, destacou que o resultado é fruto da integração entre políticas econômicas e sociais. “Estamos vendo os frutos de uma gestão que coloca o combate à fome como prioridade nacional. Todas as áreas do governo estão mobilizadas para garantir que o Brasil nunca mais volte a ver seu povo passar fome”, declarou.