(Foto: Reprodução Internet)
Finalmente o Governo enviou ao Congresso a tão propagada reforma da previdência e ela é pior do que as especulações apontavam. Para começar, cria a idade mínima de 65 anos para aposentadoria, tanto para homens quanto para as mulheres, e ainda eleva de 15 para 25 anos de contribuição o período mínimo para ter direito a ela. Não basta ter 65 anos de idade, tem que ter 25 anos de contribuição também. Porém, mesmo com esses agravantes, a proposta inclui um novo golpe, já que mantém o fator previdenciário disfarçado. A conta é simples, para cada ano de contribuição acima dos 25 acrescenta-se 1%, logo, quando atingir 35 anos de contribuição previdenciária, sua aposentadoria será de apenas 86% da média de contribuições, ou seja, para receber a aposentadoria integral o trabalhador precisará trabalhar (e contribuir) por 49 anos. Ora, 65 menos 49 dão 16, então, teremos que iniciar nossa vida laboral aos 16 anos de idade e “nunca” mais parar de trabalhar até chegar aos 65 anos. Ficar desempregado nem pensar! Cada ano de desemprego o fará perder 1% de sua aposentadoria. A idade mínima elevada prejudica demais os mais velhos, que começaram a trabalhar muito jovens e nem sempre com registro em carteira, tornando difícil até mesmo comprovar o mínimo de 25 anos de contribuição.
Lázaro Eugênio
Presidente do SEAAC