(Foto: Reprodução Internet)
Os indicadores econômicos que nos são trazidos diariamente pela mídia precisam ser melhor analisados. É claro que todos queremos reduzir a inflação, o problema é que estamos fazendo isso às custas da sociedade, dos mais pobres, que simplesmente pararam de comprar os produtos e utilizar os serviços. Se não há consumo, a indústria deixa de produzir, de investir, de gerar emprego e os prestadores de serviços simplesmente fecham suas portas. Inflação não é bom, mas, recessão é pior. O maior exemplo são os números do desemprego, que já atinge 12 milhões de brasileiros e deve chegar a 14 milhões de desempregados até o final deste ano. Na mesma análise, ainda temos 6 milhões de trabalhadores que se declaram com tempo ocioso, ou seja, que se ativam em jornadas de trabalho menores do que gostariam ou necessitam, é o caso daqueles que trabalham apenas aos finais de semana ou em meio período. O Governo precisa fazer investimentos para mostrar confiança aos empresários e à população, porque se o próprio Estado não investe, não há como exigir que a iniciativa privada faça investimentos. Esses números estão sendo usados para promover a reforma trabalhista indevidamente, portanto não é a CLT que dificulta o emprego. Se fosse, não teríamos chegado à taxas inferiores a 4% em 2010, momento em que o país gozava de extremo desenvolvimento econômico. O que gera emprego e renda é a redução de impostos e o investimento do Estado, como propulsor da economia.
Lázaro Eugênio
Presidente do SEAAC